A Conferência da migração do Unia teve lugar a 27 de abril em Berna. Delegados de toda a Suíça avaliaram positivamente a votação da 13.ª pensão de reforma do AHV-AVS e falaram da mobilização por melhores salários e reformas.
No seu discurso de abertura, a presidente do Unia, Vania Alleva, agradeceu aos ativistas o seu grande empenho pela 13.ª pensão AHV-AVS. "No dia 3 de março deste ano, fizemos história social com a nossa iniciativa a favor de uma 13.ª pensão de reforma do AHV-AVS. E ganhámos porque lutámos juntos. Milhares de sócios do Unia, incluindo sócios com origem na migração, passaram semanas a viajar por toda a Suíça para convencer as pessoas a votarem pela iniciativa. Mas não podemos parar, as próximas batalhas estão à porta: por melhores salários, prémios do seguro de saúde mais baixos, contra o roubo nas pensões das caixas de pensões".
Hilmi Gashi, responsável pelos grupos de interesse, fez o balanço da campanha multilingue pela 13.ª pensão AHV-AVS e sublinhou o forte empenho de ativistas migrantes, com ou sem passaporte suíço. Estes estiveram presentes em todo o lado: no trabalho, nas associações e na rua. Este enorme empenho de muitos militantes, que organizaram atividades e eventos de forma independente, em muito contribuiu para o sucesso da campanha. Muitos cidadãos naturalizados votaram pela primeira vez numa iniciativa suíça. Este êxito dá aos delegados força para a sua luta por uma sociedade justa.
A votação sobre o AHV-AVS demonstrou que os migrantes estão dispostos a empenhar-se politicamente por progresso social. Por conseguinte, é importante que lhes seja permitido participar nas votações. No entanto, muitos são excluídos por não terem a nacionalidade suíça. E os critérios de naturalização são cada vez mais restritivos.
A Iniciativa pela democracia tem por objetivo remediar esta situação. Para que a iniciativa seja bem-sucedida, necessitamos de recolher ainda muitas assinaturas. E o nosso sindicato também tem de se empenhar. Por recomendação do Departamento político do Unia, foi lançado um concurso entre as regiões: será dado um prémio a quem recolher mais assinaturas.
Os novos estatutos do Unia estipulam que só sócios podem representar o Grupo de interesse (GI) migração no Comité Central, o órgão de direção estratégica do Unia. Para além de Emine Sariaslan, que já era delegada no Comité Central, a Conferência da migração nomeou os seguintes colegas como delegados: Alexandrina Farinha, Cyprien Baba, Olga Pisarek, assim como Lilia Benyezzer e Lukas Stierlin como delegados suplentes. Com a sua eleição, a ser feita pela Assembleia de Delegados em junho, a delegação de quatro membros do GI migração ficará completa.
A conferência agradeceu aos anteriores representantes Elio Li Voti, Joana Campos e Hilmi Gashi pelo seu trabalho a favor da migração no Comité Central.
A conferência da migração adotou igualmente, sem votos contra, a alteração ao novo regulamento do GI migração nacional.