A administração americana liderada por Donald Trump introduziu tarifas de 39% para os produtos que os EUA importam da Suíça. Isto foi um choque para muitas empresas, como denotam as reações: uma catástrofe, cenário horrível, muro tarifário. E foi um fracasso da conselheira federal responsável pelas finanças, Karin Keller-Sutter, do partido FDP-PLR. Quais serão as consequências para a economia e os/as trabalhadores/as suíços/as?
A conselheira federal Keller-Sutter é acusada de ter negociado isoladamente um acordo alfandegário com os EUA. Resultado: as tarifas aplicadas à Suíça são muito mais elevadas do que as aplicadas à UE. A demarcação da UE levou a Suíça a um beco sem saída em ternos de política comercial. Só a cinco países são aplicadas tarifas mais elevadas do que à Suíça. Os países com as tarifas mais elevadas são o Brasil e a Índia.
Os EUA são um parceiro comercial importante para a Suíça. A quota-parte das exportações totais para este país é de quase 19%. Os sectores mais afetados são os de relojoaria, maquinaria e produtos alimentares. Estes sectores têm de encontrar novos mercados e novas cadeias de abastecimento.
A Suíça continua em negociações com os EUA para encontrar uma solução. Estas negociações devem ficar concluídas no final de outubro. No meio tempo, para amortecer as consequências para as empresas e os/as trabalhadores/as afetados/as, o Conselho Federal aposta sobretudo na medida que já em crises passadas deu bons resultados: trabalho a tempo reduzido. Agora, as empresas têm de provar detalhadamente quais são as consequências das tarifas americanas sobre os seus cadernos de encargos e porque é que a falta de trabalho não pode ser evitada.