A conferência do Unia para a Coop manifesta-se pelo novo CCT.
Os delegados à conferência da Coop alegram-se com o novo CCT
Trabalho
Novo CCT da Coop

Melhorias significativas para trabalhadores e trabalhadoras

- Marek Wieruszewski

A partir de 1 de janeiro de 2026, entra em vigor o novo contrato coletivo de trabalho (CCT) da Coop, que prevê consideráveis melhorias para o pessoal. Depois de intensivas negociações, os parceiros sociais e a Coop chegaram a acordo sobre um pacote de medidas que melhora significativamente não só os salários, mas também as condições de trabalho.

Mais salário, mais tempo, mais apoio

Entre as principais novidades está o aumento dos salários mínimos. O novo salário mínimo totaliza 4300 francos, enquanto o salário de referência após uma formação básica de dois anos sobe para 4400 francos. Trabalhadores e trabalhadoras com uma formação básica de três ou quatro anos recebem no futuro um salário de referência de 4500 ou 4700 francos, respetivamente. Também na conciliação da vida profissional e familiar houve bons avanços. A licença para o outro progenitor e a licença em caso de adoção são prolongadas até 20 dias. A licença legal para cuidar de filhos gravemente doentes é acrescida de um suplemento (excedendo a lei) e remunerada com 100% do salário bruto. Além disso, a partir de agora, trabalhadores e trabalhadoras com um salário de até 5300 francos ao mês podem requerer apoio financeiro para serviços de guarda de crianças através da Coop Child Care.

Melhorias no tempo de trabalho e na licença de juventude

Um outro ponto importante diz respeito ao tempo de trabalho. O horário de trabalho diário passa a ser limitado a um âmbito máximo de 12 horas, incluindo pausas e horas extraordinárias. Aprendizes terão no futuro duas semanas de licença de juventude (para participação em atividades extraescolares) com salário pago na totalidade.

Os parceiros sociais mostraram-se satisfeitos com os resultados das negociações e sublinharam que foram alcançados avanços importantes, tanto em termos de prestações materiais, como de tempo de trabalho, na conciliação entre a vida profissional e familiar, e na proteção da saúde.

Sem acordo na negociação dos salários

Menos bem sucedida decorreu este ano, em contrapartida, a negociação dos salários. Os sindicatos exigiam aumentos salariais gerais para todo o pessoal. A Coop recusou esta reivindicação e optou, em vez disso, por ajustes salariais individuais. Não foi possível chegar a um acordo.

Apesar de a questão do salário continuar em aberto, o novo CCT representa um avanço significativo no sentido de melhores condições de trabalho na Coop – e um forte sinal a favor da parceria social no comércio a retalho.