Sócios do Unia com um grande cartaz exigindo "Salários justos, para mim e para ti".
Os trabalhadores do Coop ativos no Unia prepararam-se para as negociações do CCT
Trabalho
Sucesso para o Coop

Trabalhadores geraram 575 milhões de lucro

- Darinka Filipovic

O Grupo Coop vai muito bem, segundo os resultados financeiros que apresentou para 2023. Os trabalhadores do Coop geraram 575 milhões de lucro no ano passado, o correspondente a um crescimento de 2,13%. Além disso, o volume de negócios aumentou em cerca de 2,2%.

Os trabalhadores contribuem de forma decisiva para o sucesso do Coop. Apesar disso, a empresa não reconhece a pressão e o stress crescentes a que estão sujeitos. Graças ao seu forte empenho sindical, os trabalhadores conseguiram, mesmo assim, importantes aumentos dos salários nas últimas negociações salariais.

No entanto, para os sócios do Unia é claro: um passo em frente num setor de salários baixos não significa que as coisas fiquem por aqui. Pois tanto em matéria de salários como de condições de trabalho é urgente tomar medidas e há muito a fazer. O êxito deste ano mostra mais uma vez que o Coop tem condições económicas para investir no pessoal e nas condições de trabalho.

Grupo Coop com base financeira sólida

O aumento dos lucros e das vendas (+2,13% e +2,2%, respetivamente), o crescimento dos supermercados e da página online coop.ch (+2,4%), bem como a evolução positiva dos grandes armazéns Coop City e do ramo da restauração mostram que o Coop está bem posicionado. Com a continuação do crescimento dos capitais próprios, o Coop dispõe daquilo a que se chama uma "base financeira sólida".

Comércio a retalho, ramo de baixos salários

Os trabalhadores do setor do comércio a retalho estão sobrecarregados com o crescente aumento de trabalho, com a planificação insuficiente e com o stress daí resultante, nomeadamente para os trabalhadores a tempo parcial. Longos dias de trabalho e trabalho ao fim de semana são a realidade para muitos trabalhadores.

O Unia e os seus sócios empenham-se para garantir que o novo contrato coletivo de trabalho (CCT), que vai ser negociado em 2025, tenha em conta estes desafios. O balanço financeiro apresentado para o ano de 2023 mostra que é possível: o Coop tem margem de manobra para melhorar as condições de trabalho. Os trabalhadores bem o merecem.