Mais de metade dos aprendizes sofre de stress, e um em cada quatro abandona a formação antes de a concluir. O Unia, a SGB (Confederação sindical suiça), outros intervenientes na formação profissional e os próprios aprendizes exigem agora, em conjunto, 8 semanas de férias por ano. O objetivo: melhorar a saúde, a motivação e a atratividade da formação – e acabar finalmente com a desigualdade em relação aos estudantes do ensino secundário.
Os aprendizes trabalham muito, muitas vezes sob grande pressão – o descanso fica frequentemente para segundo plano. Um inquérito realizado pelo Unia em 2024 mostra que mais de metade dos aprendizes sofre de stress e exaustão. Um em cada quatro abandona a formação antes do térmito.
Enquanto os estudantes do ensino secundário têm 13 semanas de férias por ano, os aprendizes têm apenas 5 semanas. Esta desigualdade é injusta e torna a formação profissional menos atrativa.
Mehdi, aprendiz na área da canalização, relata: «Como aprendiz na construção civil, acho que, devido ao trabalho fisicamente exigente, sobretudo ao ar livre (chuva, frio, calor), 8 semanas de férias seriam extremamente importantes para descansar e lidar melhor com as condições difíceis.» Félicia Fasel, secretária nacional da juventude no Unia, acrescenta: «Os aprendizes são o futuro da nossa sociedade. Para que amanhã estejam cheios de energia e motivação, precisam hoje de tempo para descansar e aprender. 8 semanas são o mínimo absoluto que merecem.»
A formação profissional dual é um pilar fundamental da nossa economia. É rentável para as empresas – com um lucro líquido médio superior a 3000 francos por relação de formação e por ano. 8 semanas de férias para os aprendizes são, portanto, um investimento na sua saúde mental e física – e na qualidade da formação profissional.
Uma ampla aliança composta pelo Unia, pela SGB, por intervenientes da formação profissional e pelos próprios aprendizes exige que o Conselho Federal aja agora. Juntos, damos voz aos aprendizes: 8 semanas de férias – já!